segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Sabor de Nuven

 

A vida é a construção de pequenos lapsos de tempo que costumamos chamar de momentos. Essa construção deve ser vivida em 360 graus, assim nada se perde e tudo é vivido.

O universo costuma as vezes nos surpreender, sabe algo que não podemos explicar apenas com a lógica? Algo, que a convicção garante sua veracidade, porém a transcendência permite a devaneio da confusão com um sonho?

A originalidade desses pequenos recortes de tempo vividos permite o fraquejo da saudade, que prefiro defini-la não como sinônimo de distância, mas de momentos inesquecíveis vividos. Pois bem, assim podemos descrever o que aconteceu:

A leveza do vento ao tocar o rosto de uma bela donzela em um final de tarde ensolarado.

Assim como a rara e calma água de um riacho, Clara.

Com curvas perfeitas, um rio de charme que esconde em sua profundidade mistérios envoltos na densidade de sua presença e charme de seu sorriso pujante;

Contrastando com o verde intenso da floresta, seus olhos radiam luzes que iluminam e traz vida;

No cair da noite, os bichos cantam, gritam e festejam sua presença e ao raiar do dia suas mãos me tocam como o orvalho deslizam nas folhas vividas de verde.


Hó natureza divina, sua beleza é Clara, sua presença é rara e vive – la é ama – la.

Olhando com olhos mortais, vividos por um espírito imortal e escrito por um poeta, não consigo descrever como é bom ter estado com você, todavia, não pode ficar sem uma definição, seria profanar sua majestade, e que pese sua subjetividade chamarei sabor de nuvem, não pode ser explicado, mas não há quem diga que não seja divino.


Por: Tiago Birimba

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