domingo, 11 de agosto de 2013

Frio da madrugada

O vento que assola a noite dos boêmios, bate a minha porta como se num prenuncio do que poderia acontecer, procuro tirar da mente o fato de estar longe dos teus braços, mais o assobiar do vento nas arvores, o silêncio noturno, me faz perceber que a única companhia que tenho é a do termômetro que na parede marca quinze graus. Sem piedade e na escuridão do meu AP, minha cama parece ter o dobro do tamanho, o edredom até então meu companheiro amigo, desta vez me abandonaste, só consigo ver pela janela uma pequena fagulha de luz, é a lua cheia. Junto com aquele pequeno rastro de luz, veio a lembrança de quanto é aquecedor teus beijos e abraços.
As horas passam, quanto mais tento dormir, mais minhas pupilas dilatam, meus olhos grandes e assustados te procuram desesperadamente pelo quarto, e só acham o termômetro que já marca doze graus, meu corpo se encolhe na cama fria num sinal de derrota, o frio percebe que estou fraco, e sopra com mais força. Numa tentativa de provar pra mim mesmo que aquilo não passava de um sonho, ergo o braço e te procuro em sua metade da cama, só encontro a frieza sorrindo pra mim, meu emocional já ferido, assim leva o tiro de misericórdia.

A noite já quase passou e ainda não dormi, busco forças em nossos momentos juntos pra resistir a chegada da madrugada. Não é certa a vitória, o inimigo é aguerrido, mas pra ver seu retorno aos meus braços lutarei, resistirei, só pra no dia seguinte olhar os primeiros raios de sol e sentir teu calor.

Por: Tiago Birimba

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