domingo, 25 de agosto de 2013

Jurássic Park, o Retorno

Olhando para a selva que se tornaram as cidades, para os predadores que estão a espreita em cada esquina que dobramos em cada sombra dos edifícios, fica difícil não imaginar a ineficácia do sistema que rege e controla nossa sociedade dita organizada, você acha que estou sendo melodramático..!!, olhe ao seu redor, veja quantas pessoas estão a margem da sociedade, quantos são os homens e mulheres que estão a merce de nossa inerte e insuficiente caridade, ao qual chamamos de mendigos. Porque mendigos, se são humanos tão quanto eu ou você? a única diferença que nos separa foram as oportunidades ou decisões tomadas.

A ideia da sapiência humana, trouxe além de esclarecimento,uma visão de desigualdade social, trouxe além da filosofia, a ideia da divisão social, porque calasse A,B ou C? a alienação das classes sociais tem inicio na visão individual de que somos diferentes, e essa diferença estipulada por bens materiais possuídos. Somos uma vizinhança tirana, destruímos tudo ao redor pra benefício próprio, florestas, animais e até mesmo a ideia de um canibalismo socioeconômico podemos citar, quem nunca usufruiu de uma vantagem pra se dar bem, quando na verdade a oportunidade era pra ser do seu colega ai do seu lado.

Essa visão de mundo mágico de fantoche, cai bem aos olhos de quem não quer enxergar, ou na visão dos políticos de situação, porém se houver algum restício de sapiência nessa massa encefálica veja o cativeiro virtual ao qual você esta inserido, onde a cura de todas as suas doenças é a internet ou entretenimento de baixo escalão, fica a idéia.....

Por: Tiago Birimba


quinta-feira, 22 de agosto de 2013

O Vento

Que inveja o vento me faz.
Viaja sempre que lhe satisfaz, sem o receio de olhar pra traz. 
Me pego sempre pensando em alguém, 
que muito me quer bem.
Porém, a distância  não convém.

Se poder me ouvir. 
Um pedido quero fazer,
que entenda o meu sofrer..!
Pois sei que podes fazer.

Leve até ela,
uma declaração singela.
Toque em seus cabelos,
eleve - os ao ar.
E em minha imaginação,
poderei admirar.

Se ela gostar,
leve por bem uma brisa do luar,
e assim sua pele macia poderei tocar.

Quem me dera ser o vento.
Podera eu, ir pra juntinho dela,
sem mais esperar,
sessar o meu tormento.
Que inveja me faz o vento.


Por: Tiago Birimba

domingo, 11 de agosto de 2013

Frio da madrugada

O vento que assola a noite dos boêmios, bate a minha porta como se num prenuncio do que poderia acontecer, procuro tirar da mente o fato de estar longe dos teus braços, mais o assobiar do vento nas arvores, o silêncio noturno, me faz perceber que a única companhia que tenho é a do termômetro que na parede marca quinze graus. Sem piedade e na escuridão do meu AP, minha cama parece ter o dobro do tamanho, o edredom até então meu companheiro amigo, desta vez me abandonaste, só consigo ver pela janela uma pequena fagulha de luz, é a lua cheia. Junto com aquele pequeno rastro de luz, veio a lembrança de quanto é aquecedor teus beijos e abraços.
As horas passam, quanto mais tento dormir, mais minhas pupilas dilatam, meus olhos grandes e assustados te procuram desesperadamente pelo quarto, e só acham o termômetro que já marca doze graus, meu corpo se encolhe na cama fria num sinal de derrota, o frio percebe que estou fraco, e sopra com mais força. Numa tentativa de provar pra mim mesmo que aquilo não passava de um sonho, ergo o braço e te procuro em sua metade da cama, só encontro a frieza sorrindo pra mim, meu emocional já ferido, assim leva o tiro de misericórdia.

A noite já quase passou e ainda não dormi, busco forças em nossos momentos juntos pra resistir a chegada da madrugada. Não é certa a vitória, o inimigo é aguerrido, mas pra ver seu retorno aos meus braços lutarei, resistirei, só pra no dia seguinte olhar os primeiros raios de sol e sentir teu calor.

Por: Tiago Birimba